terça-feira, 12 de junho de 2007

Vá, se mande, junte tudo que você puder levar!


Queridos, desculpem a mancada. Saímos de férias, você já deve ter notado. Ou achou que abandonamos tudo e fugimos, exiladas ou coisa assim?


Não, não, são férias mesmo.


Voltaremos em Julho, com a casa arrumada.


Esperamos que quando a gente voltar vocês estejam aqui. Enquanto isso, vão por aí, correr as ruas da cidade que não tem mais fim.


Gisele Brito escrevia aqui às quintas. E só apareceu aqui na terça pra dizer que as meninas estão de férias. Ela não gosta de férias, mas é a vida. Enfim, quando voltarmos ela explica melhor, ou não.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Ano basu ga Conselheiro Carrão e ikimasuka*


Como muita gente deve saber, hoje teve greve de peruas e vans em São Paulo. Sim, e lá vou eu DE NOVO falar sobre transporte público. Bem, com um foco diferente, mas transporte. Daijoubu, ne! (tudo bem, né!)

E estava "esta que vos fala, alegre, feliz e saltitante" (qualquer semelhança é mera ficção) no metrô Carrão rumo à plataforma de acesso ao ônibus que me levaria à casa do meu namorado. Porém, havia algo estranho, muito estranho.
Pela primeira vez, tinha filas e o ônibus não estava parado onde deveria estar.

Após uma não tão longa meia-hora, ligo para meu namorado, aviso que vou atrasar MUITO e continuo na fila, enquanto ele decidia se ia me buscar de ônibus, carro ou fazer uma mágica para me tirar do metrô.

Cansada de ficar na fila, olho ao redor... e não há ninguém nas cadeiras de fiscal da SP Trans. Como toda boa cara-de-pau, apodero-me do assento e começo a ler os textos para a prova de Sistemas Virtuais.

De repente, me vejo cercada de pessoas querendo informações. Sim, as pessoas realmente acreditavam que eu era fiscal e estava trabalhando. Bem, eu sabia algumas coisas a mais que os fiscais (que não estavam em suas posições, obviamente) e tentei ajudar algumas pessoas. Uma das frases que mais ouvi hoje foi a do título: *Aquele ônibus vai para a Conselheiro Carrão?

E eu sempre respondia, avisando que não trabalhava ali: Ah, ele vai... mas ele entrou em greve junto com as peruas! (frase engraçada. o.O) E só aqueles dois ônibus estão funcionando!

No geral, as pessoas foram muito educadas e até conversávamos um pouco antes delas seguirem seus caminhos. Algumas pessoas nem sabiam da greve. Um senhor meio enfurecido com a falta de ônibus até tentou descontar um pouco da raiva em mim, dizendo que o que eu estava fazendo era errado.

Bem, pelo que me consta, eu não serei presa por estar sentada na cadeira do fiscal ausente. E, muito menos, por estar ajudando algumas pessoas a se encontrarem no pequeno tumulto que estava o pequeno terminal do metrô. Embora seja divertida a idéia de ser presa, conseguir um habeas-corpus (motivo besta para ser presa, não?), provar que não estava infringindo a lei, processar o cidadão e ganhar uma graninha (momento consultoria jurídica, em homenagem às pessoas legais da São Francisco que visitam o Paranóia:P)

Ainda não tive tempo útil para verificar o resultado da greve e o porquê de alguns ônibus aderirem. Mas fiz um papel de boa samaritana e achei engraçado. Pelas situações e porque estou começando a driblar qualquer sentimento negativo. Afinal, após tanto estresse durante todo o semestre, a gente começa a relaxar e deixar tudo pra lá...


Bianca escrevia às terças e despede-se do blog. Ela tira férias e volta em julho (esperamos, né!). Uma crônica, só para variar.
E descobri, na aula de japonês, que o Rodrigo Santoro já tatuou a palavra "gratuito" pensando que era kanji de "liberdade". Hahahaha, que burro, dá zero pra ele! Ah, as palavras diferentes estão em japonês.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Adiós, hermanos!


E assim, acaba mais um semestre, e Vica Prestes ( a terceira pessoa do singular que vos fala) se despede do blog. Quem sabe, daqui a um ano e meio, eu não me despeço de você? Hasta.

Vica Prestes escreveu por aqui, durante um certo tempo, todas as segundas-feiras. Mas, agora, ela resolveu dedicar-se 100% à sua tv. O que será que vai acontecer no próximo episódio de Grey´s Anatomy? Se você sabe as cenas do próximo capítulo, favor comentar abaixo...

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Copy Desk


(05:37:33) Alexandre: Laura, estive na Ocupação no sábado da última Virada Cultural. Saí de lá às 23h, dirigindo-me para o Centro, para assistir às apresentações. Às 2h30m já estava na Praça da Sé para assistir ao espetáculo que mais aguardava, o dos Racionais MC's. Me encontrava próximo do local onde eclodiu a confusão entre alguns jovens e a Polícia, que quase acaba em tragédia, como todos viram. Aquilo me provocou, de forma indelével, uma impressão que, creio, carregarei para o resto da vida: a de que se você faz parte do trinômio dos dois pês - preto e pobre - a negociação não durará mais do que dez minutos. Me recordo que, naquela noite, deixei uma Reitoria que contava (e ainda conta) com serviços plenos e sem cortes de luz, água e mesmo internet. A negociação por aqui já dura quase um mês, e na Sé durou dez minutos. Qual a diferença?


Leim a integra do bate-bapo acolá



Foto: Isabel Noronha.


Gisele deveria escrever aqui às quintas. Hoje, que já é sexta, publicou essa conversa, da qual ela não aprticipou, mas achou interessante.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Sanduíche paulistano



O sanduíche bauru ganhou fama internacional, e apesar de receber o nome da cidade do interior de São Paulo, Bauru, é um legítimo paulistano.

Nascido em Bauru, o estudante da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, Casemiro Pinto Neto, era um típico estudante que deixou o interior para cursar a faculdade na cidade grande. Costumava freqüentar o bar Ponto Chic, no Largo do Paissandu nº27.

Numa noite de 1934, com muita fome, pediu para o sanduicheiro Carlos, um pão sem miolo, com queijo derretido ao banho-maria , fatias de rosbife e por último, fatias de tomate. Nasceu assim, um dos mais saborosos sanduíches do Brasil, o bauru.

O amigo de Casemiro, Antônio Boccini Jr, experimentou o tal sanduíche, adorou e pediu “um igual ao do Bauru”, apelido de Casemiro. O nome pegou e o sanduíche foi batizado com o nome da cidade natal de seu inventor, Bauru.

Logo o sanduíche ganhou fama e expandiu-se pelo Brasil e Casemiro tornou-se radialista, trabalhou nas rádios Record e Pan-Americana, atual Jovem Pan.

Hoje a receita original, criada por Casemiro, ganhou um fatia de pepino em conserva. Além, de serem criadas variações como: bauru francês - pão francês, rosbife, queijo fundido (gruyere) e mostarda dijon, bauru italiano - pão francês, rosbife, queijo fundido (mussarela), presunto de Parma, tomate seco e uma pitada de orégano, bauru americano - pão francês, rosbife, queijo fundido (mussarela), alface americana, tomate e picles de pepino e o bauru gaúcho - pão francês, rosbife de picanha, queijo fundido (ementhal), almeirão e tomate.

O bauru tornou um sanduíche popular, pessoas de todos os níveis sociais e faixa etária já provaram dessa delícia gastronômica tipicamente paulistana.

Graças ao bauru, o Ponto Chic ficou conhecido. Hoje, bar expandiu-se e abriu mais duas filiais, uma no Paraíso (Praça Oswaldo cruz, nº26) e a outra em Perdizes (Largo Padre Péricles, nº139). Um legítimo bauru custa R$10,90.
Mariana escreve às quartas.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Mataram João Ninguém

Mataram João Ninguém
Quando o próximo sangue jorrar
daquele por quem ninguém irá chorar,
daquele que não deixará nada para se lembrar
daquele em quem ninguém quis acreditar.

Quando seus olhos só puderem fitar o escuro
quando seu corpo já estiver inerte, frio e duro,
quando todos perceberem morto João Ninguém
e quando longe de todos ele será seu próprio alguém.

Tantas mãos, tantas linhas incertas,
tantas vidas cobertas, sem ninguém pra sentir.
Tantas dores, tantas noites desertas
tantas mãos entreabertas, sem ninguém pra acudir.

Qualquer dia vou despir-me da luta
pisar em coisas brutas, sem me arrepender.

Tão difícil ver a vida assassinada
quando estamos já tontos pra tentar sobreviver.

As perguntas sem respostas, sem nada,
as vidas curtas e desamparadas
o último grito que não foi ouvido
calaram mais um homem iludido.

E no mundo não dão mais argumentos
pra fugir aos lamentos de quem sozinho falece.

Para esses não há mais compreensão,
não há mais permissão, para que se tropece.

Na televisão, o aguardo da cotação
um instante ocupado, para dizer morto João Ninguém.

Mas a aflição ataca, a cotação subiu ou caiu?
E João morreu... ninguém ouviu.

Eu vou distribuir panfletos,
Dizendo que João morreu
Talvez alguém se recorde
do João de que falo eu.

Falo daquele mendigo que somos
Pelo menos em matéria de amor,

daquele amor que esquecemos de cultivar
O qual com tanto dinheiro, ninguém jamais coroou.

Anderson Herzer

Bianca costuma divagar sobre ônibus e nada ás terças, mas não encontrou um assunto interessante para falar. Ela queria falar sobre um projeto do Kassab de recompensar financeiramente alunos de escola pública por passarem de ano, mas não encontrou a matéria base para ter argumentos. Então... divirtam-se com o João Ninguém.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Uma outra visão, para aqueles que, na democracia, sabem escutar - USP

Bem, como eu sou visitante nesse blog devo, por educação e respeito aos donos da casa, me apresentar. Meu nome é Wilson sou estudante de física, nerd, e o correspondente de greve convidado pela Vica. Acho que não preciso dizer o que andou acontecendo no último mês na USP. Pensando bem acho eu preciso dizer sim, uma visão um pouco diferente as vezes é bom, ou não.

Por mais que grande parte desses movimentos seja justo, não me sai da cabeça que os líderes da Comissão de Greve da física sejam filiados a vários partidos político radicais (PSTU, PCO e um deles foi filiado a um partido clandestino segundo fofocas, pensei muito em omitir essa parte mas meu sexto sentido físico me diz que ela é importante), não me sai da cabeça que o pessoal do SINTUSP sempre pede ajuda para os alunos para fazer greve em busca de uma universidade pública melhor e tudo mais, mas sempre que conseguem o aumento de salário pulam fora. E que grande parte do pessoal de fora da física que foi para badernar aparentava ser mais velhos que a maioria dos estudantes de lá e estarem embriagados, estes alunos ainda por cima ameaçaram uma menina que deu uma entrevista contrária a greve. Não paro de pensar que apenas os grevistas da física queriam dialogar, os de fora já estavam nos agredindo verbalmente. Não paro de pensar que a chapa que ganhou a eleição do DCE teve um show patrocinado pelo PT. Há tanta coisa estranha por lá que cheguei à conclusão que eu estudo na zona do crepúsculo onde tudo é cinza e embaçado, nunca vou saber se estou realmente lutando por uma universidade melhor ou se estou servindo apenas de peão pra um sindicalista filha da puta ou algum partido um tanto quanto radical. Mas os grevistas e companheiros em geral não acham. Eles vestem a camisa, vendam os olhos e saem correndo fazendo birra assim que ouvem alguém que e contrario a opinião deles e se necessário pegam os bumbos e os coturnos para convencê-los.

(...)

Enquanto isso, a Comissão de Greve estava tentando nos convencer a participar do movimento indo à reitoria e outras manifestações, lógico quem foi pego de surpresa não dava ouvidos, forçaram a entrada, princípios de confusão e alguns policiais surgiram. Outro fato engraçado foi um professor que foi ajudar a Comissão e terminou ironizando uma carta feita por outros professores (http://noticias.usp.br/acontece/obterNoticia?codntc=16237&codnucjrn=1)

Na saída presenciei a seguinte cena: http://www.youtube.com/watch?v=86jOh5n92bw é claro que com som é muito mais fácil de perceber os alunos provocando, mas dá pra ver que o professor foi prensado por cadeiras.


Leitor, hoje resolvi dar espaço para pessoas que realmente vivenciam a teoria ideológica de alguns na prática do cotidiano, levando em conta sonhos romanceados, crenças, desilusões e alheamentos. Para decepção de alguns jovens, não faço parte dessa guerra, nem estou ao lado da mídia. E os meus valores nesta tão apregoada democracia da pós-modernidade (quiçá hiper), não estão amparados em deus, em diabo, em liquidação de shopping ou em sitcom, mas sim na liberdade de expressão, e, por conseguinte, da opinião, moldada a todo custo por mim mesma.

Para ler o texto na íntegra, clique no link abaixo. Para concordar ou discordar clique nos comentários. Para se envolver, descubra os dois lados antes de decidir e julgar aqueles que não usam as mesmas palavras que você.

http://www.badongo.com/file/3219783


Vica Prestes escreve às segundas, mas hoje resolveu assinar como leitora, dentre tantas realidades que costuma observar. Ah, o post da Paula também fala da ocupação, então aproveita e passa lá: http://cincoemum.blogspot.com/ e deixem um feliz aniversário pra essa guria, certo?!